Thursday, December 1, 2011

A Segunda Gravidez

14 semanas. Dá pra acreditar? Está voando... E eu, há pelo menos 2 meses, já venho ensaiando escrever um blog sobre essa gravidez também, e nada. Nas primeiras semanas o cansaço me impedia até de pensar no fim do dia (como foi na gravidez da Maria Eduarda). Depois foi a falta de tempo, a falta de criatividade pra um nome (até resolver que continuaria escrevendo nesse aqui), não saber direito como começar, mais cansaço. Culpa. Ser mãe é ter culpa, afinal. Mas resolvi deixar os detalhes de lado, e seguir com algo imperfeito mesmo - que é sempre melhor que não fazer simplesmente.

E queria começar dizendo que segundo filho é mesmo tudo diferente. A ansiedade é outra, idealização quase zero, já sabemos mais ou menos o que nos espera na gravidez e (principalmente) depois dela, já somos pais mais experientes, e já temos um filho pra cuidar. Basicamente, isso engloba toda a diferença entre uma gestação e outra, entre o primeiro e o segundo. Sei que soa meio frio e calculista, rs... mas no fundo, essas diferenças trazem consigo muito mais aspectos positivos do que negativos.
Como foi booommmm não ficar tão ansiosa dessa vez! Confiar no meu corpo, saber que ele dá conta do recado, confiar que ficaria tudo bem ao final do primeiro trimestre. Não dá pra dizer que não tive nenhum medinho de aborto, pq né, essa fase é mesmo delicada. Mas fiquei infinitamente mais tranquila e menos ansiosa que da primeira vez. Ponto pra segunda.
O lance de idealizar quase zero parece anti-romântico mas na verdade é... um banho de realidade. A gente sabe que a gravidez é a melhor fase da vida de uma mulher, mas que a barriga pesa pra burro no fim dos tempos, e que o corpo demora pra voltar depois do parto (exceto pra algumas poucas sortudas). Também já sabemos que bebê é lindo, fofinho, mas não dorme direito, dá trabalho pra caramba, coloca sua vida de pernas pro ar e que ainda assim, vc vai ser louca maluca alucinada por ele - pq não há nada mais trabalhoso e nada mais genuinamente maravilhoso do que um filho.
Segunda gravidez é mais fácil, pq vc já sabe como é ficar grávida. O que vai acontecer em cada mês, como seu corpo vai reagir, e principalmente como é O PARTO! Simmmm, vc já sabe que pode parir, que seu corpo dá conta, que o bebê sai mesmo por onde entrou. Isso é maravilhoso.
O grande "problema" da segunda gravide é que a gente curte menos pq tem outro filhote pra cuidar em casa. Não dá mais pra curtirrrrr, ter aquele tempão só pra vc e pra barriga, não tem mais aquela disposição, pq afinal tem mais um serzinho sugando boa parte das suas energias ali do seu lado todos os dias. No começo eu fiquei encanada com isso... me sentia culpada por não ter tanto tempo, energia e espaço pro segundo bebê como eu tive pra Maria Eduarda. Massss... depois de pensar um pouquinho, foi bem fácil chegar à conclusão de que esse segundinho aqui perdeu muuuiiiito pouco em relação à tudo que ele ganhou. Pais mais experientes. Uma mãe infinitamente mais madura e mais preparada, com menos neuras, com mais paciência, com mais espaço interno, que sabe que é e pode ser uma boa mãe. E isso, meu filho amado, você tem que agradecer à sua irmã. Você perdeu algumas coisas sim, mas ganhou algo infinitamente mais valoroso: uma mãe muito melhor, mais tranquila e preparada do que eu fui pra sua irmã no começo.
Por isso nós dois temos muito à agradecer à Maria Eduarda: você por ter uma mãe melhor, eu por ser uma pessoa muito melhor.

Tenho tanto pra dizer sobre essa segunda gravidez, sobre ser mãe novamente, sobre o amor que eu sinto... Mas vamos com calma, assim tenho assunto pra vários posts :-) Só queria registrar aqui que eu estou muito feliz, que o primeiro pensamento que passou pela minha cabeça qdo descobri a gravidez foi "agora sim minha família está completa", e que eu já amo muito esse bebê. Te amo, bebê!

Wednesday, April 13, 2011

Sobre a Educação com Limites

Estava passeando pelos blogs que eu adooooro ler, e encontrei um post (aqui) de uma mãe que falava sobre uma "chamada" que os pais receberam da diretora da escola durante uma reunião de pais, a respeito da falta absoluta de limites das crianças de hoje devido basicamente à educação recebida em casa.
Tomo a liberdade de reproduzir um trechinho do texto na íntegra, pra saberem do que estou falando: "(...)ela tem notado mudanças no comportamento dos alunos ao longo dos anos (trabalha com crianças há décadas), e diz nunca teve uma turma tão barulhenta, teimosa e sem limites como agora. Crianças cheias de vontades, acostumadas a ter tudo e que não aceitam ter seus desejos frustrados. Crianças que gritam, batem, ignoram os chamados dos adultos. Essa queixa, segundo ela, tem sido muito comum entre todos que trabalham com educação. Ela tem a impressão que os pais perderam a mão e não sabem mais como educar os filhos."

Esse é um aspecto que lá em casa sempre nos preocupou bastante, com relação à educação da nossa pequena. Qdo engravidamos, já nos propusemos a educar com amor e limite. Dar tudo de mão beijada, nem pensar. Fazer todas as vontades, nem pensar. Tivemos muitos exemplos perto de nós de pessoas que se tornaram crianças problemáticas e adultos perdidos pela falta de limites por parte dos pais.

Estamos vivendo uma época em que dar amor aos filhos virou sinônimo de realizar todas as suas vontades. Primeiro porque, convenhamos, a curto prazo é muito mais fácil satisfazer uma vontade do que dizer não. Dizer não dá trabalho, tem que explicar porquê, tem que enfrentar acessos de birra, e ainda engolir uma carinha triste e cheia de lágrimas no final. Segundo porque carregamos esse conceito totalmente equivocado de que pra sermos amados e aceitos pelos nossos filhos, precisamos agrada-los em todas as situações, somente ve-los sorrindo e satisfeitos o tempo todo. Terceiro porque carregamos uma culpa do tamanho do mundo por não estarmos em casa com eles na maior parte do dia (então, ao chegar em casa, precisamos dar a eles tudo o que querem e pedem, e jamais faze-los chorar).



Tá. Eu confesso que é realmente bem difícil e trabalhoso colocar limite. Quando chego em casa, depois de 10hs longe, tudo o que eu quero é curtir a minha filha com tranquilidade, ve-la sorrindo e feliz. Ninguém gosta de ver seu pequeno tristonho e chorando. Ninguém gosta de enfrentar um ataque de birra depois de passar 9hs aguentando o "ataque de birra" dos clientes, chefes e afins, mais 1h de trânsito caótico. Mas nessas horas eu respiro fundo e me lembro de qual é nosso propósito maior: educar com amor. E educar com amor é ensinar aos nossos filhos que o mundo não vai atende-los 100% das vezes e na hora que eles esperam. Educar com amor é ensinar que o mundo é muito mais NÃO do que SIM, infelizmente. Educar com amor é ensinar que o próximo também tem suas vontades e necessidades e precisa ser igualmente respeitado. É ensinar que ele pode querer muito uma coisa e ficar muito triste por não consegui-la, mas não pode fazer valer sua vontade sempre, às custas de consequências indesejáveis para o outro ou para si mesmo. Educar com amor é ensinar respeito ao próximo, e respeito a si mesmo. Educar com amor é mostrar aos nossos filhos que nos importamos tanto com eles a ponto de preferimos ve-los chorando do que com um braço quebrado por subir em cima da mesa da sala e cair. Isso é se importar.

Não acho que a criança pequena teste o limite dos pais. Penso que a criança pequena está a todo tempo testando seus PRÓPRIOS limites, e cabe a nós mostrarmos a elas até onde é seguro ir, até onde é possível e até onde é desejável, naquele momento e naquela circunstância. Isso serve pra tudo.

Num próximo post vou falar um pouquinho de algumas táticas que temos usado em casa para diminuir as crises de birra da nossa pequena tiraninha (que sim, começaram beeeemmm antes dos dois anos por aqui... me dá até medo de imaginar que vai piorar! rs).

E você? O que pensa sobre limites?

*Imagem: http://www.nakelelugar.com/2010/12/12/aprenda-a-lhe-dar-com-as-birras-de-seus-filhos/

Thursday, March 24, 2011

Brincando de Boneca


Tem coisa mais linda?

1 ano e 4 meses e Começando a Falar

Por algum tempo, juro que grilei (existe o termo ainda?) com o fato da minha filha não falar nada além de mamã e papá, muito esporadicamente. Cada criança tem seu próprio ritmo, eu sei disso muito bem, mas eu como boa pessoa ansiosa que sou, já estava me preocupando com a hora que precisaria me preocupar com isso. Até que, depois de uma doencinha (primeira otite da vidinha dela) e durante nossa viagem de carnaval, ela começou a desencantar! Falar espontaneamente (ou seja, sem a gente ter que pedir) mamãe e papai, além de começar a tentar repetir as coisas quando falamos. No repertório (que ainda é mais compreensível pelos pais que pelos demais, sabem essa fase?) temos:
- papaii ("i" caprichado), mamãii (idem)
- bobó (vovó, que às vezes sai meio "uouó" também)
- uco ou cuco (suco)
- mamá, papá
- ati (quente)
- bô (acabou)
- maix (mais)
- cocô (já avisa qdo faz), sissi (xixi)
- Gugu (nome do papai)
- Pédi (Tedy, o polvo da Xuxa...rs)
- pé

Essas ela fala mais consistentemente, e muitas vezes sem pedirmos pra falar. Outras ela fala se pedimos apenas, e horas sim, horas não.
Cada dia mais me convenço de que ser mãe é a coisa mais gostosa desse mundo (a mais trabalhosa também, e a que mais traz experiência, ensinamentos, amadurecimento e deslumbramento)>

E Vamos Inaugurar o Espaço!

Então tá. Umas duas out três semanas ensaiando algum post, e agora finalmente vai sair o primeiro, finalmente inaugurando esse espacinho aqui. Muita coisa pra falar, nem tanto tempo pra escrever, e não sabia direito por onde começar. Finalmente resolvi escolher um assunto pra inaugurar o blog, desencantar o espaço e começar a dar uma forma pra ele.

O blog é pra falar sobre a Maria Eduarda, minha filha que tem hoje 1 ano e 4 meses, pra falar sobre mim e inevitavelmente sobre maternidade, maternagem, parto, educação e afins. Uma coisa está muito ligada a outra e não vou conseguir falar só sobre puericultura, maternidade, parto, nem só sobre mariaeduardices. Então vocês me perdoem se às vezes ficar confuso ou cansativo (daí vcs me avisam).

Bora lá. Pro próximo post e assunto pra valer.